sexta-feira, 15 de julho de 2011

Os eternos adolescentes e seus pais, mães e namoradas preocupadas. Adultos que se recusam a "crescer" e amadurecer.



Felicidade não vem de fora, nasce dentro. Mente neutra, vida em paz



Amigos do site Psicologia Racional,

O que fazer com os eternos adolescentes? Será que eles não amadureceram nunca?

Estas perguntas me foram feitas várias vezes nestas últimas semanas. Eram pais, namoradas e esposas sofrendo as consequências de estarem ao lado de um “adolescente pra sempre”.

Para completar, recebi este poema, de um poeta que adoro: Paulo Leminski

“Quando eu tiver setenta anos

Quando eu tiver setenta anos
então vai acabar esta minha adolescência
vou largar da vida louca
e terminar minha livre docência.
Vou fazer o que meu pai quer,
começar a vida com passo perfeito.
Vou fazer o que minha mãe deseja,
aproveitar as oportunidades
de virar um pilar da sociedade
e terminar meu curso de direito.
Então ver tudo em sã consciência
quando acabar esta adolescência"

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Normalmente, os adultos adolescentes fazem sofrer as pessoas à sua volta. Eles não reconhecem o fato, pois são muito centrados em si mesmos para perceberem. Ou, se percebem, são egoístas o bastante para não quererem mudar. Gostariam muito de evitar as consequências, mas sem mudar o comportamento. Por exemplo, gostariam de ganhar muito dinheiro, sem ter que trabalhar.

Quase sempre ao lado de um adulto adolescente existe alguém que também fica focado em seus próprios desejos. Acham que podem transferir seus planos e projetos para a vida dos outros, e dão a justificativa do bom senso e da vontade de ajudar. São pais que se amarguram com a conduta do filho. Pais, aliás, que estão na idade de voltarem a ser adolescentes; estão entrando na velhice. A velhice com saúde é o retorno da adolescência. É uma época de descobertas e de liberdade; uma época ótima para ousar e ser mais preguiçoso, menos responsável, curtir a vida, etc. Ao invés de viverem sua própria segunda adolescência, estes pais perdem tempo se apegando e se entristecendo. Os pais devem fazer exatamente o que o filho lhe diz: “cuidem da própria vida”.


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E a namorada(o) ou esposa(o)? Mais complicado quando existem filhos pequenos na “jogada”. A afirmação básica é: estão junto porque querem. Porque não aceitam o outro como ele é, inclusive com seus defeitos? Porque reduzem suas próprias vidas? Quase todos os parceiros possuem planos de vida que não são possíveis, não naquele momento ou com aquela pessoa. Mas, são perseverantes e não desistem nunca. A insistência no próprio desejo dá certo para uma pessoa; para 10 dá errado. Se há projetos de vidas diferentes, é preciso que o parceiro decida e DECIDA RÁPIDO.

Lembre: o outro tem o direito de ser da forma como ele quer. Cabe a você produzir para você uma vida boa. Você tem esta opção. Você pode ficar ou partir. Mas, se ficar construa uma vida boa, mesmo que a outra pessoa não fique do jeito que você quer.

Triste é quando uma mulher fica com um cara que diz não querer filhos e depois culpa o cara por que não teve filhos. Ela se sente “vazia” pela escolha que acredita ter sido só dele. Este é o tipo de sentimento neurótico. E quase sempre, os(as) parceiros(as) deste tipo de personalidade possuem traços neuróticos que os mantém presos a relacionamentos ruins. São estes traços neuróticos que mantém o vínculo, já que o eterno adolescente normalmente arranja outro parceiro rapidinho.

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Todos têm escolha na vida. O eterno adolescente fez sua escolha. Boa ou má, é a que ele fez. As pessoas à sua volta também devem fazer suas escolhas. Devem assumir suas próprias vidas, e conduzi-la rumo à satisfação, felicidade e à evolução espiritual.

Para terminar mais Paulo Leminski

“Eu Confesso

parem
eu confesso
sou poeta
cada manhã que nasce
me nasce
uma rosa na face
parem
eu confesso
sou poeta
só meu amor é meu Deus
eu sou o seu profeta”.

(O egocentrismo do eterno adolescente revelado no eu, meu, eu, meu. Quando varia é minha ou quero.)

Lembre-se: É preciso ser forte para amar, perdoar e aceitar a dificuldades alheias.


RESPEITO E AUTORESPEITO

Você merece ser tratado com dignidade; muitas vezes você terá que lutar para atingir este objetivo.

Nunca, jamais abra mão da sua luta por ser respeitado. Tenha força, porque em alguns momentos terá que perder algo para manter o principal: uma vida equilibrada e na qual as pessoas te respeitam e você respeita as pessoas.


Autor: Regis Mesquita
Contato e Terapia: regismesquita@hotmail.com


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Um comentário:

  1. Regis, tenho lido seu blog porque me interessei pelo comportamento humano,e percebi que podemos nos livrar de todos esses paradigmas ditados pela sociedade doente que aí está e pra mim,parece natural ficar na contra mão de tudo isto. Mas, vez em quando vem o inconsciente coletivo querendo me acusar e já desenvolvi mantras pra afasta-los. e vc, como lida com isto?

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