O costume de estimular os bebês através do toque é perdido quando vira adulto. Perde-se uma grande fonte de estímulo para a vida. |
Leves toques e sons evitam morte neural e diminuem lesões em camundongos
Acidente vascular cerebral (AVC) é a principal causa de morte no Brasil e a segunda no mundo: cerca de 6 milhões de óbitos por ano. As lesões causadas diferem, dependendo da área cerebral afetada e do tempo para que a pessoa receba atendimento médico. Uma curiosa alternativa para diminuir os danos durante esse período de espera foi descoberta por um grupo de neurocientistas americanos. Sob a coordenação do neurobiólogo Ron Frostig, da Universidade da Califórnia, eles primeiro induziram AVC em ratos, bloqueando uma artéria que irriga o cérebro. Em seguida, tocaram o pelo dos animais e mediram, simultaneamente, a atividade cerebral dos roedores. Quando os pesquisadores vibravam um único pelo, até duas horas após o AVC, os neurônios que normalmente teriam morrido continuavam a funcionar – após o experimento, os animais não apresentaram paralisia e déficits sensoriais. O mecanismo exato do efeito protetor ainda não está claro, mas parece envolver o redirecionamento do sangue através de veias não danificadas.