quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Viver bem sem parte do cérebro



Viver bem sem parte do cérebro





Amigos do site Psicologia Racional,

é possível viver bem sem partes significativas do cérebro? Casos isolados sempre demonstraram que isto é possível. Apesar de existirem exemplos vivos e verificáveis, a ciência demorou décadas para aceitar. Isto mostra como a ciência tradicional é pouco racional e muito influenciada por interesses ideológicos e financeiros - além de ser lenta.



Para quem trabalha com a transformação da mente (transformação de cérebros) é rotina observar as profundas transformações que as pessoas podem passar a partir de uma terapia mental bem feita.

Aquilo que vejo todos os dias no meu consultório está sendo finalmente explicado pela ciência, e para a ciência só existe o que é explicado por ela.

Reproduzo abaixo partes de uma reportagem da revista Veja. Faço alguns comentários que estão entre chaves.



"A vida sem metade do cérebro


O brasiliense Hendrew Gomes, hoje com 17 anos, nasceu com metade da massa encefálica normal. As maiores lacunas estão nos lobos frontal, temporal e parietal. Nas áreas responsáveis pela fala, pela leitura, pelo cálculo e pelos movimentos do lado direito do corpo. Aos 3 meses, os médicos o consideraram um caso perdido. O prognóstico era apressado. Hendrew leva uma vida normal de adolescente. ... Aluno esforçado. tira boas notas em matemática. disciplina na qual supostamente ele não teria condições biológicas de aprendizado. Também é um músico exímio. Compõe canções, toca bateria e cavaquinho. Sua evolução não é um milagre, mas o resultado do tratamento neurológico iniciado quando ele tinha 8 anos. {atenção: o estímulo deve acontecer desde que nasce, sendo saudável ou não.}

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O que os profissionais ... fizeram foi estimular os neurônios vizinhos às lacunas para que passassem a exercer as funções relacionadas às áreas ausentes. As técnicas utilizadas para despertar outras regiões do cérebro incluíram fisioterapia, aprendizado com o uso do computador, aulas de cálculo e música. Os primeiros resultados positivos puderam ser percebidos em seis meses. {imagine se tivesse sido estimulado desde o nascimento, o que é correto.}







Apesar de a massa encefálica de Hendrew não ter aumentado de volume, a substituição de função permitiu a ele uma vida normal. As terapias neurológicas capazes de promover melhoras tão espetaculares são produto de um avanço recente na compreensão do cérebro. {Não é verdade! O que aconteceu foi que um grupo abençoado de pessoas dedicaram suas vidas fazendo exatamente o que a medicina dizia que era impossível; assim eles criaram dezenas de técnicas que hoje estão sendo utilizadas} O que se comprovou foi a plasticidade cerebral, nome dado à capacidade desse órgão de adaptar sua estrutura e sua fisiologia durante toda a vida.


"O cérebro não deve ser comparado a uma máquina, como se fez no passado. A melhor analogia é com cimento molhado, uma massa plástica com a capacidade de se rearranjar em casos de lesão ou trauma, ou em resposta ao pensamento, às experiências e à influência do ambiente" disse a VEJA o psiquiatra canadense Norman Doidge da Universidade Columbia e autor do livro O Cérebro que Se Transforma...


Até o início dos anos 90 predominou entre os neurologistas a convicção de que o cérebro tinha sua estrutura rigidamente estabelecida já no final da infância {até hoje a maioria deles pensam assim}. Eles também estavam certos de que cada região cerebral possuía uma função específica {veja a figura acima}, que não poderia ser exercida por nenhuma outra parte do órgão. Por fim. acreditavam que os neurônios, as células nervosas, quando danificados, não podiam ser repostos {acreditavam porque não conferiam o que acontecia na realidade, ficaram presos em preconceitos, atrasaram a cura de muita gente, pois as técnicas já estavam disponíveis e os resultados práticos visíveis}. Com a ajuda de tecnologias como a ressonância magnética, que permitiu observar diretamente o funcionamento do cérebro, e os microeletrodos. que captam os sinais elétricos emitidos pelos neurônios durante as sinapses confirmou-se que a forma do tecido cerebral adquirida nos primeiros anos de vida não é definitiva. Novos neurônios continuam a ser criados ao longo da vida e podem regenerar áreas lesionadas.


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As consequências da descoberta {esta descoberta aconteceu a mais de cem anos} da plasticidade cerebral são enormes. O fatalismo neurológico que predominou até recentemente sustentava o conceito de que o indivíduo estava, nesse aspecto, fadado a determinado destino. Quem nascia com deficiências ou limitações teria de conviver com elas até o fim da vida. Para a maioria dos adultos, era impossível aprender outra língua com proficiência. A partir disso, naturalmente se pensava que o caráter de um indivíduo era tão rígido quanto o seu cérebro. As pesquisas feitas por Doidge {e milhares de outros} sobre a fisiologia do cérebro mostram uma realidade totalmente diferente: "A plasticidade afeta o cotidiano de cada um de nós — na dor crônica, no aprendizado, nos distúrbios da mente e nos vícios — e enterra qualquer vestígio de determinismo".








Um exemplo é a tirania da língua materna. A capacidade plástica do cérebro é competitiva — como se uma guerra de nervos estivesse ocorrendo o tempo todo dentro do cérebro. Quando alguém para de exercitar uma habilidade mental, o espaço reservado para essa habilidade é repassado a outra que seja praticada com mais frequência. Isso explica a dificuldade enfrentada por um adulto para aprender novas línguas. A tese convencional é que o cérebro adulto é rígido demais para adaptar sua estrutura à língua estrangeira. A visão atual é que o idioma materno domina o mapa linguístico simplesmente porque é mais usado — ou seja. a condição é reversível em qualquer idade.


 As pesquisas recentes também explicam os mecanismos da dor crônica. {Isto é importante, você entenderá um dos mecanismo do stress que faz adoecer as pessoas} Em uma crise, as células nervosas usadas para transmitir a dor abrem mais caminhos no sistema nervoso, por isso são disparadas mais facilmente. causando hipersensibilidade. Neurônios cujo papel é inibir e retardara transmissão da dor diminuem em número ou mudam de função.


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A eficácia da psicoterapia no tratamento de distúrbios da mente foi confirmada de forma impressionante pelos estudos com imagens. Alguns dos efeitos conhecidos da depressão no cérebro são a redução do ritmo de criação de novos neurônios e a interrupção da reposição celular no hipocampo, região responsável pela memória e pela formação de células nervosas. Dois estudos recentes mostram que pacientes tratados apenas com terapia convencional sem o uso de medicamentos, conseguiram estabelecer novas conexões neurais e regenerar a área afetada. Sessões de terapia cognitiva resultaram no aumento de áreas do cérebro que aliviam os sintomas do transtorno obsessivo-compulsivo em 50% dos pacientes.


{Faz mais de cem anos que Freud postulou e começou a explicar a plasticidade da mente. Depois deles vieram muitas pessoas que desenvolveram técnicas para lidar com esta plasticidade. No campo da psicologia, mas também no campo da fisioterapia, medicina, etc. Foi um trabalho dedicado de milhares de pessoas durante décadas. Devemos ser gratos à todas estas pessoas, pois foram eles quem criaram as técnicas que hoje são usadas. Algumas foram criadas a mais de 50 anos, e a reportar quer apresentar como se fosse algo recentemente descoberto. Bobagem e falta de respeito.}


Abaixo coloco trechos da entrevista do Dr. Normam Doidge, citado na reportagem. Prestem atenção na parte que ele fala da imaginação


A neuroplasticidade desacredita ou confirma as teorias do neurologista Sigmund Freud?

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Freud não foi só o pai da psicanálise. Ele foi um dos primeiros estudiosos a perceber o eixo central da plasticidade cerebral. Em 1886, quando raros cientistas entendiam o cérebro como uma grande rede, ele propôs a Lei da Associação por Simultaneidade. Segundo essa lei, toda vez que alguém percebe duas coisas ao mesmo tempo, como um menino com cabelos vermelhos, os dois conceitos são processados por neurônios de diferentes regiões, que se ligam simultaneamente e fortalecem a conexão entre si. A tecnologia de neuroimagem não apenas lhe deu razão, mas também confirmou a eficácia da psicanálise. A maior parte das psicoterapias altera as estruturas cerebrais da mesma forma que os remédios para distúrbios da mente. Não dá mais para alegar que terapia é só conversa jogada fora.


O senhor diz que somos o que pensamos ser. O que isso significa?



Diversos estudos revelaram que pessoas que praticam um instrumento musical apresentam mudanças no mapeamento cerebral idênticas às das pessoas que apenas imaginam estar tocando tal instrumento. A maioria dos indivíduos, inclusive os cientistas, despreza o poder da imaginação. Há um teatro virtual acontecendo a todo momento dentro da cabeça de cada um de nós. Por parecer real tudo o que uma pessoa imagina se torna um gatilho para as emoções e ações. Os pensamentos positivos são capazes de ligar os centros de prazer do cérebro da mesma maneira que a presença de uma pessoa querida ou uma taça de vinho. Isso é uma forma de sair, mesmo que momentaneamente, dos estados negativos. Quem imagina eventos ruins aumenta as conexões neurais nos centros da emoção negativa, o que pode levar alguém medroso a se tornar um fóbico patológico.
(Fonte: revista Veja)



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