domingo, 8 de março de 2015

O exemplo educa muito mais do que as palavras



Bons exemplos educam com mais força. Psicologia racional





Exemplo educa, porque as crianças mimetizam ("copiam") o que veem e vivem. Muito mais importante do que o que se fala, é o que as crianças veem e compartilham.

O ver/compartilhar é mais completo porque envolve corpo e mente. É mais completo, porque a mente humana precisa simular dentro dela o que é visto para entender o que está acontecendo fora dela.

Funciona assim: aparece uma criança voando no programa de televisão - a imagem/som é absorvida pelo cérebro - ele simula o que acontece na imagem - produz o prazer/entendimento.

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Sendo assim, a televisão educa da mesma forma que os pais. O exemplo repetitivo é o que constrói a mente da criança. A repetição é super importante porque fixa o exemplo. Se o bom exemplo acontecer uma vez por ano, terá pouco eficácia.


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O exemplo não é apenas o que chega até a criança. Mas, também como ele chega - dar bons exemplos aos berros é diferente de dar bons exemplos em paz.

O mais importante do exemplo é a interação que ele gera. Se minha mãe e eu ajoelhamos juntos para rezar o exemplo fica muito mais completo. Enxergo, ouço, sinto, intuo, faço, compartilho. Ao rezar com a mãe, a criança interage ativamente.


A interação com a tv é passiva. O corpo está paralisado e a mente simula o que chega até ela, mas não AGE. Este padrão de absorção sem ação, só com simulação, tem muitas consequências. Uma dela é a dificuldade de focar a atenção quando o assunto não é interessante (por exemplo, trabalho). Outra é a simulação substituir a realidade em situações de vida: o cara que quase nunca joga futebol compra uma chuteira de mil reais porque é a do "Cristiano Ronaldo" (porque "é" de um jogador famoso). A vida real, jogar futebol, é apenas um pretexto para simular - ou seja, o prazer vem da simulação e não da ação.


A passividade gera outros problemas: obesidade. Gera uma cultura da obesidade.

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O documentário MUITO ALÉM DO PESO traz alguns dados sobre este problema:

"Ao longo do documentário, há cenas de crianças que não reconhecem uma cenoura ou um mamão, mas conhecem todas as marcas de salgadinhos e bolachas recheadas.

Muitos meninos contam que ficam cansados e sem fôlego ao brincar ou correr; a consequência é que preferem a televisão às atividades físicas. Por dia, as crianças brasileiras passam em média três horas na escola e cinco diante da televisão, de acordo com dados do Ibope e da FGV citados no filme.


O filme cita ainda outros dados numéricos, como o fato de 56% dos bebês brasileiros tomarem refrigerante frequentemente antes do primeiro ano de vida, segundo a Unifesp".  (Fonte UOL)

O trailer do documentário está aqui: https://youtu.be/8UGe5GiHCT4

Exemplo poderoso é aquele que inclui o corpo, emoção, repetição, visual, audição, sentir, ação, interação e mimetização.

Os programas de tv tem muita importância para o marketing. As pessoas criadas e educadas pela tv aprenderam a seguir os personagens/atores. Os garotos propagandas ganham muito dinheiro porque a influência deles na mente destas pessoas é enorme.

É a geração seguidora. Uma geração egocentrada e fraca.

Neste sentido, a criança não faz grandes escolhas. Ela fixa no que está "na sua frente", seja o que for. Como está em fase de aprendizado acelerado, absorve o que chegar até ela.


Absorve, principalmente, o que for repetitivo. É desta forma que a criança brasileira aprende a língua portuguesa, mas também o sotaque da sua região. Ela quer ser igual, ela confia no que chega até ela. Pais que falam com irritabilidade na voz, geram crianças que também desenvolvem a irritabilidade para ser igual. Isto é confiança!

Bebês nascem programados para aprender o máximo. Nesta condição, ele tem que confiar no outro. Ele precisa aprender para poder sobreviver; se o outro oferece exemplos, ele apreende e internaliza.





Quem chega perto da criança, de modo repetitivo, terá sempre muita influência sobre ele. É o exemplo, que vem com palavras, atos, ações, situações, etc que gera o conteúdo que vai preencher a mente da criança.

Este é um dos motivos porque os pais não devem jamais mentir para seus filhos, nem pequenas mentiras. O exemplo é copiado e considerado uma forma correta de agir e ser.



Criança nasce com algo sagrado: a confiança. Confiança gera aceitação e internalização. Bons exemplos tendem a gerar bons resultados por este motivo.


Autor: Regis Mesquita


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