segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Administrar o excesso passou a ser a principal necessidade da vida moderna. Tenha uma vida equilibrada e mais eficiente.




O excesso polui e destrói a sua mente da mesma forma como polui e destrói a natureza.





Administrar a falta é diferente de administrar o excesso.


Há duzentos mil anos, quando surgiu o Homo sapiens, fazia parte de sua dieta comer restos de outros animais (como o urubu).

Funcionava assim: o leão caçava e deixava os ossos. O ser humano primitivo pegava estes ossos e comia o tutano e outros restos de carnes.

Frente à escassez, era necessário aproveitar tudo o que pudesse.

Traduzindo: quando tinha alguma comida era importante comer o máximo possível. Não se sabia quando teria outra alimentação.

Os milênios foram passando e o homo sapiens aprendeu a cultivar, criar animais, adubar a terra, estocar e processar os alimentos.

Duzentos mil anos depois grande parte da humanidade vive um dilema: como administrar o excesso de alimento.

Excesso torna-se tóxico, fonte de doença, desavença e stress.


O desafio do equilíbrio frente ao excesso é compreendido facilmente quando o assunto é alimentação.


Vou contar algumas histórias para que você possa refletir:
João preparou um churrasco para seus amigos. Disse que a graça do churrasco é ter muita bebida e muita carne.

Falou assim: “o importante é que tenha bebida para beber e derramar”.
Ou seja, ele tem um profundo prazer em saber que tem bebida à vontade, até para sobrar ou desperdiçar.

Este é um prazer que IMPREGNOU a mente humana naquela época da escassez e que domina a mente das pessoas até hoje.



Naquela época, frente à escassez, as pessoas tinham como ideal encontrar muita comida e comer “até morrer”. Comer muito, o máximo que puder.

Naquela época, a pessoa não sabia quando comeria de novo. A comida era a senha para dias felizes de fartura, mais disposição e menos doença.

Hoje em dia, depois de “comer até morrer”, o sujeito já está pensando no que comerá em seguida.

A garantia alimentar, que  é ótima, acaba por ser também uma fonte de sofrimento.

Concluindo:  durante mais de 200 mil anos o ser humano associou o excesso com prazer e segurança.

E continua associando porque sua mente está impregnada com esta ideia


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Joaquina é uma menina de 11 anos de classe alta de São Paulo. Filha de pais dedicados e amorosos que querem o melhor para ela.

Ela estuda alemão, inglês, espanhol, chinês. Além, é claro, do português.

Seus pais querem ter a certeza de que estão oferecendo o melhor para ela, no futuro, ter um ótimo emprego e uma vida boa.

Os pais de Joaquina são outro exemplo claro de que a mente de duzentos mil anos atrás continua funcionando.

Eles se sentem seguros e se reconhecem como pais dedicados (prazer) quando oferecem o excesso.

Pergunto: qual a necessidade real da Joaquina aprender todas estas línguas aos 11 anos?

Existe uma probabilidade de 99,9% de ser um excesso que gera prazer e segurança nos pais.

O mais provável é que aos 25 anos a Joaquina não saiba falar alemão e nem chinês. 
Saiba falar pouco de espanhol. Se chegar nesta idade sabendo falar bem inglês já está ótimo.

Todavia, como o excesso pode se tornar uma maldição, existe o risco de nem o inglês ela dominar completamente.



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Luis queria morar em um apartamento amplo e ter coisas legais para si e para os filhos.

Tinha um custo de vida altíssimo e seus filhos tinham do “bom e do melhor”.

Os filhos do Luis estavam sempre reclamando e querendo mais e mais.
Não eram mais satisfeitos e nem mais felizes que outras crianças.

O excesso não trouxe o bem estar que os pais acreditavam que traria.




Ao contrário, as crianças não aprenderam a tolerar a frustração e nem ter prazer com o que é simples e está à disposição.

Na prática, desprezavam o que tinham. Por isto, não paravam de desejar e exigir mais.
Eram impulsivos que corriam atrás de satisfazer seus desejos.

Os pais se perguntavam onde erraram.

O que queriam era oferecer tudo de bom para os filhos.

Treinaram a mente dos filhos para nunca estarem satisfeitas
.
Como todos que vivem o excesso, eles não identificavam suas ações como negativas.

Um dos motivos é que o excesso traz prazer.

A mãe gosta de ver o filho sorrir quando ganha um brinquedo; ela fica tentada a usar várias vezes este recurso para ter a mesma resposta: presente igual a sorriso.

A verdade, porém, é esta: uma criança que ganha poucos brinquedos sorri o mesmo tanto que a que ganha muitos brinquedos.

O maior dos sorrisos está em brincar e não em ganhar.

A excitação do ganhar acaba logo.

A alegria de brincar dura horas, dias, meses e anos.

O foco dos pais consumistas antiecológicos está no ter, nas posses.

O foco da alma e da vida boa está no brincar.

Na posse, o exagero gera prazer.

No brincar, o exagero atrapalha.

É por isto que crianças pobres constroem brinquedos com poucas coisas e brincam muito.

Já as crianças que muito possuem desprezam o que está à sua mão e desejam o que não possuem.

Ou seja, crianças com excesso brincam menos (1).


- Textos sobre desejos, consumismo e infelicidade: AQUI, AQUI E AQUI.


Administrar o excesso passou a ser a principal necessidade da vida moderna. Tenha uma vida equilibrada e mais eficiente.


Administrar o excesso passou a ser o principal foco da vida moderna.

Lembre-se: normalmente você não vai considerar o excesso como excesso. Não se deixe enganar pela sua mente.

Aprenda a migrar da mente reativa (a mente que relatamos aqui) para a Mente Neutra. (Saiba mais aqui.)

Este é um grande desafio para você e para sua geração.

Esteja atento, treine sua mente a identificar o excesso como risco e fonte de desprazer e ineficácia.


Autor: Regis Mesquita
Consulta e Terapia: regismesquita@hotmail.com


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PS: uma estratégia interessante das crianças que vivem em meio ao excesso é focar em poucos brinquedos e desprezar todo o resto. Ao criar vínculos com alguns brinquedos, ela “foge do excesso” e consegue o foco necessário para o brincar/criar - e multiplicar sua satisfação. (Para saber mais, clique aqui.)


Dica:


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