domingo, 28 de maio de 2017

Feminismo! Eu posso. Eu consigo. Eu sou capaz.


Soldada Yazidi combate o Estado Islâmico. A mulher que é capaz de se defender.




Por Regis Mesquita

"Vi as meninas deste exército e quis ser forte como elas".  Nadiya, de 17 anos, membro do povo Yazidis (Iraque).

O terror extremo chegou junto com o Estado Islâmico (EI). Estupro, morte, sequestro e escravidão. A mulheres Yazidis se viram indefesas e se tornaram vítimas de um grande massacre. (1)

Cinco mil foram transformadas em escravas sexuais e vendidas para todo o Iraque. Algumas fugiram, outras suicidaram, a maioria ficou impotente e se submeteu à escravidão.

Algumas destas mulheres sofridas aprenderam uma dura lição: é uma péssima ideia ficar indefesa frente ao mundo, esperando que alguém faça algo por elas.

Elas tomaram a decisão: “eu vou me defender. Eu vou tomar minha vida em minhas mãos”.


Esta é a essência do feminismo, em qualquer lugar do mundo. São mulheres que resolvem tomar conta do seu próprio destino, ter suas próprias escolhas e se perceberem como capazes.

Em 1932, no Brasil, a campanha foi pelo voto feminino. A campanha dizia que as mulheres eram capazes de votar porque tinham a mesma inteligência e raciocínio que os homens. (2) Os conservadores (homens e mulheres) negavam; argumentavam que as mulheres eram menos preparadas e, portanto, menos capazes.

Para dominar destrua a autoestima do dominado, esta é a regra número um da dominação.


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Décadas se passaram e a história continua a mesma. Para dominar é necessário desprezar as capacidades das outras pessoas. Mulheres não podiam votar porque eram limitadas, quer dizer, tinham menos capacidade (na visão conservadora). A campanha dizia: mulheres são capazes, mulheres tem condição de decidir (3).

A destruição do outro somente é completa se houver a oferta de algumas vantagens. As mulheres escravizadas pelo EI devem ter o benefício de apanhar menos, se forem boazinhas. Os conservadores dizem que protegem as mulheres, já que elas não são capazes. Nesta visão, abrir a porta do carro para a “anta que não é capaz de votar” é um ato educação e respeito.




As mulheres que se veem capazes dizem: eu abro a porta do carro, eu voto, eu posso cuidar de mim.

A importância da oscilação de posição.

Milhares de casamentos acabam porque a mulher tem mais sucesso financeiro que o marido. Outras vezes, ficam juntos, mas o homem se sente diminuído. Cada vez mais maridos reconhecem a capacidade feminina e pensam: “que legal que ela ganha bem, poderemos construir mais juntos!"


O que está em jogo é a capacidade do homem de estar feliz com as conquistas femininas; conquistas de sua esposa, filha, irmã. Quando o crescimento do outro deixa de doer dentro dele, é quando a capacidade de viver em harmonia aumenta.

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Isto significa que os papeis sociais são definidos não por sexo, mas sim por necessidade. As moças Yazidis se tornaram guerreiras por necessidade. Por necessidade desenvolveram habilidades e enfrentaram o desafio. Por necessidade homens se envolvem mais nos cuidados dos filhos e com o trabalho doméstico. Todos são capazes, todos podem aprender e todos podem compartilhar.

Feminismo é isto: famílias nas quais há maior compartilhamento de funções, trabalhos e apoio mútuo. Todos se protegem, todos são capazes e todos cuidam um dos outros.




A vida é vista menos do ponto de vista do sexo. A vida é criada a partir do compartilhar, do fazer em comum.

Feminismo é a mulher que acredita em si. Ela sabe que pode escolher e pode criar uma vida melhor para si e seus familiares.


Cada um só pode oferecer aquilo que tem, o que aprendeu e o que é. Blog Caminho Nobre


Ela é capaz, portanto ela pode assumir todas as funções. Ela consegue, portanto ela pode escolher o tipo de vida, roupa, profissão e relacionamento que ela quer ter.

Esta liberdade, que vem junto com a autoestima elevada, gera medo e insegurança em muitas pessoas.


Uma mulher que não vive em dependência financeira ou emocional é livre para decidir o que é melhor para si. Ela é capaz de criar e recriar sua própria vida.

Quem oferece pouco costuma ter muito medo da pessoa livre, com boa autoestima e com força interior.

O feminismo que desenvolve a força interior e a autoestima da mulher é uma das melhores armas para criar um mundo melhor, com mais harmonia e respeito mútuo.   

Todos são beneficiados, homens, mulheres, crianças...


Fontes:




Foto:


Autor: Regis Mesquita


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O verdadeiro feminismo é dizer eu sou capaz e eu consigo










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