Amigos do site Psicologia Racional,
Uma das mais
importantes funções da educação, seja em casa ou na escola, é incentivar as
crianças, adolescentes e adultos a planejar, testar, buscar soluções e superar
dificuldades.
É o que costumo chamar de ciclo completo: do
planejamento, à execução, ao usufruto.
Antigamente,
apesar das escolas serem mais limitadas do que hoje em dia, as crianças tinham
uma outra grande escola: a rua.
No ambiente da “rua”,
as crianças inventavam, planejavam, organizavam, preparavam e finalmente
brincavam com o que criavam. Produziam de pipa à carrinhos de rolemã. Criavam
bonecos e organizavam suas brincadeiras. Existia o momento da concepção do
projeto, a busca por soluções e a testagem das estratégias.
Hoje são consumidoras e seguidoras. Compram
brinquedos (as vezes em volume tão grande que não conseguem se organizar e nem
brincar), suas diversões são mediadas e organizadas por adultos ou
organizações, não planejam e nem testam quase nada.
Lembro da
primeira festa de criança que fui na qual havia um “tio” para organizar as brincadeiras
para as crianças. Ou seja, até para organizar um pega-pega havia um adulto
fazendo parte do trabalho para elas. Achei estranhíssimo! Crianças sem
autonomia que precisam de adultos para organizar por elas as brincadeiras. São
seguidoras e consumidoras.
Para jogar futebol
vão na escolinha. Jogos e brincadeiras que exijam mais tempo de execução,
planejamento e estratégia são constantemente desprezados ou abandonados. Agem
como pequenos viciados que precisam ter recompensas o tempo inteiro. Explico:
vídeo game, por exemplo, são projetados para dar pequenas recompensas em curtos
intervalos de tempos para prender o interesse das crianças. O mesmo acontece
com os programas de televisão.
O FAZER,
produzir, é uma das maiores fontes de prazer que o ser humano possui. Ao
tornar-se consumidor e seguidor perde-se esta fonte de prazer. Portanto, fica
necessitado de ter outras fontes de prazer, rapidamente.
Ninguém precisa
voltar no tempo em que se matava o porco para tirar a banha e fazer o sabão em
casa. Em inúmeros pontos da sua vida você
será o consumidor destruidor; ou seja, aquele que pega o produto pronto e o
destrói. Compra sabão em pó e o usa para lavar roupa – você está fazendo o
parte final do ciclo completo: destruindo. O ciclo completo pressupõem parte em
que há a criação, depois o uso e, por fim, a destruição. Você pode planejar um
rede para deitar, produzir a rede, usá-la para seu descanso e, com o tempo, ela
apodrecerá. O grande problema é quando a pessoa praticamente só vive a parte
destrutiva da vida. Sem o fazer, a capacidade de ter satisfação diminui muito.
Procure
vivenciar em sua vida o máximo do ciclo completo. Aproveite para dar
intensidade ao que você gosta.
Com crianças e
adolescentes é importante incentivar a autonomia e o desenvolvimento de
projetos que cumpram a função de gerar a capacidade de planejamento, execução,
teste, usufruto.
Reproduzo
abaixo uma notícia do site UOL sobre um adolescente que desenvolveu um produto.
Não é
necessário criar um produto comercial. Basta criar as próprias brincadeiras, em
ambiente (preferencialmente) sem regulação de autoridades. Ou pode-se
desenvolver outros projetos, como criação de peixes (não é comprar peixe e
esperar que ele morra) na qual aprende-se a criar, reproduzir, manter e
conhecer a vida aquática.
Dica: Na coluna da
esquerda, clicando no marcador "geração seguidora" abrirão dezenas de
textos sobre este tema. Escolha o que prefere e boa leitura.
"Britânico de 13 anos inventa campainha que
liga para celular e ganha fortuna
Um garoto de 13
anos de Croydon, no sul de Londres, inventou uma campainha, que ao ser
acionada, faz uma ligação direta para o telefone celular.
Laurence Rook
já recebeu mais de 20 mil pedidos de compra e calcula que vai receber nos
próximos meses cerca de 250 mil libras - quase R$ 650 mil.
A invenção tem
duas utilidades. Para conhecidos, o morador pode explicar que não está em casa.
No caso de ladrões, ele pode fingir que está, evitando furtos e invasões.
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"Na
segunda ou terceira tentativa de entrega, em vez de deixar um bilhete dizendo
'por favor venha ao correio pegar o seu pacote', eu pensei 'por que eles não
telefonam?'", disse Rook.
O modelo foi
desenvolvido para uma competição na sua escola.
O garoto afirma
que pretende reservar parte do dinheiro para pagar uma universidade no futuro,
mas que quer gastar a outra parte apenas se divertindo.
Laurence
patenteou a ideia e com a ajuda de Paula Ward, uma amiga da família, contratou
uma empresa na China para produção em escala.
Eles agora
negociam para a invenção chegar às lojas britânicas em setembro."
(Fonte UOL)
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Para Refletir:
Se tratar com
carinho e tratar o próximo com educação.
É assim que as
tensões diminuem e surge a paz.
Para que a paz
perpetue é necessário respeito.
Não existe
maior respeito para com o próximo do que "fazer bem feito".
Todos possuem
suas dores e dificuldades. E merecem a paz e a tranquilidade que surgem quando
estão em ambientes nos quais as pessoas são competentes, eficientes e
dedicadas.
Se esforce para
fazer bem feito e assim diminuir a confusão e o sofrimento no mundo.
Regis Mesquita
Texto do blog Caminho
Nobre: http://caminhonobre.com.br/
Como é que
crianças e adolescentes criados apenas como consumidores destruidores poderão
desenvolver a alegria do servir, do ajudar, do compartilhar? É possível, mas é
muito mais difícil.
Como é que
crianças e adolescentes criados sem dinamismo, sem autonomia e com pouca
experiência de planejamento e criação poderão se tornar adultos capazes de fazer
aquilo que não foram treinados na infância?
Leia também:
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