domingo, 6 de novembro de 2011

Saiba como os adultos transformam-se em infelizes e insatisfeitos









Amigos do site Psicologia Racional,

Hai Kai é um tipo de poesia de origem japonesa. Pequena e espirituosa, consegue transmitir com grande intensidade a alma humana.

Abaixo segue um, que irei analisar.

"manhã de frio
se fosse menino escrevia
meu nome no vidro".

Autor: P. F.

O autor tem uma vontade e diz que não pode fazer porque não é mais menino.

Ser adulto é perder a espontaneidade e a vivacidade. Não é atoa que é muito melhor ser criança. Criança pode... adulto SE PODA.

Escrever o nome no vidro não é nenhuma transgressão, mesmo assim o adulto se PODA.


Olhe a foto no início deste texto. O inseto está em cima da flor, bela foto - teve vontade, foi lá. Não teríamos esta foto se fosse um humano que trocasse sua espontaneidade por um OCEANO DE REGRAS INÚTEIS.

Cada regra serve para cortar um pouco do sabor da vida (1). Não é atoa que Jesus disse que deveríamos ser como as crianças para entrar no Reino de Deus.

É muito simples escrever o nome no vidro embaçado. É sua espontaneidade, a bondade brotando do coração através de pequenas coisas que te fazem rir, que te trazem a alegria e o sorriso para enfrentar os reais problemas da vida. Imagine quantos gritos seriam evitados, quantas falas ríspidas seriam abortadas por adultos espontâneos que colocaram o sorriso nos lábios.


Sem a espontaneidade diminuem os pequenos prazeres, os prazeres mais simples e menos custosos. Prazeres como abraçar, beijar, ficar de mãos dadas, se olhar, rir de bobagens, relaxar com a presença do outro...

As pessoas aprendem a se castrarem; e ainda se acham espertos. Fazem tudo para não serem "bobas". O problema é que quase sempre este ser boba é igual a se aceitar. E se aceitar é um grande facilitador da espontaneidade. A espontaneidade no adulto é como uma autorização: posso brincar, posso sorrir, posso inovar e ao mesmo tempo ser educado, eficiente e responsável.


Depois que o adulto se tornou um verdadeiro “idiota castrado metido a besta”, ele desenvolve um monte de teorias lindas ("você nasceu para ser feliz", por exemplo). São teorias que não são colocadas em prática, porque um ser castrado é muito pouco satisfeito e pouco produtivo.

Cada regra criada, cada bloqueio da espontaneidade ou cada decisão de se mostrar melhor do que de fato é, impregna a mente da pessoa com negativismo, insatisfação, ansiedade, angústia, etc. Uma péssima troca!


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Quem sabe a pessoa sensível que escreveu o poema possa escolher escrever seu nome no vidro. Aí ele fará um Hai Kai assim:

manhã de frio,
a criança dentro de mim quis escrever
e eu escrevi junto no vidro.

Ele dará boas risadas e saberá que todo adulto para ser completo tem que RESSUSCITAR a criança dentro dele.

Na realidade, quando evoluirmos muito, mas muito mesmo, seremos crianças com um pouco mais de consciência.


Neste dia seremos adultos sábios.

Matando nossa criança, seremos apenas adultos infelizes e insatisfeitos.


Dica: para fortalecer a mente e sua espontaneidade sugiro que estude os textos do blog Caminho Nobre. Lá você encontrará dicas e explicações para ter uma vida mais produtiva, sábia e satisfeita.


(1) tenha poucas regras, elas devem estar direcionadas às situações em que são realmente importantes, são essenciais. Uma pessoa comum convive com milhares de REGRAS dentro da sua cabeça. Noventa por cento delas são inúteis e complicadoras da vida.


Autor: Regis Mesquita
Contato e Terapia: regismesquita@hotmail.com







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