sábado, 29 de janeiro de 2011

Criança mimada: a falta do cultivo de bons valores, como o servir e o autocontrole



Crianças mimadas e a falta de autocontrole






Educação, como disse em outros textos aqui no site Psicologia Racional, está muito mais ligada aos valores que passamos para nossos filhos, e menos aos limites que estabelecemos. Valores são os caminhos, limites são as margens, o aviso de que fora do caminho é mais difícil o caminhar.


Imagine a situação: uma mãe tem 6 filhos e mora em uma casa com quintal para cuidar, tem que lavar roupa na mão, cozinhar, fazer sabão, fazer manteiga, etc. A outra tem um filho, mora em um apartamento pequeno, com todos os eletrodomésticos, compra ao invés de fazer (suco pronto, manteiga pronta, queijo pronto, sabão em pó, etc). A mãe com 6 filhos compra poucas roupas e brinquedos para os filhos, que são criados na "lei da selva" da rua. A mãe com um filho compra muitas roupas e brinquedos e o filho é criado ao lado de poucas crianças e muitos adultos.








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São duas vidas muito diferentes. Na família grande, a convivência com muitas crianças obriga a criança a ter autocontrole, pois o grupo de crianças (que agia autônomo, sem intervenção de adultos) editava suas leis e quem atrapalhava era expulso dele. Os poucos brinquedos deviam ser bem cuidados e preservados, até mesmo construídos. Havia poucos brinquedos, portanto eles eram valiosos. Não adiantava a criança correr atrás de seu desejo, pois a comida era feita para todos, a roupa era mais ou menos igual para todos e, como havia muitos filhos, se fosse feita a vontade da criança a vida virava um caos. Estas crianças aprendiam a ter autocontrole e NÃO dependiam da realização de desejos para serem felizes.

Nesta vida mais simples, com muitos filhos e menos recursos financeiros e tecnológicos, a cooperação é um valor de sobrevivência. Assim, filhos mais velhos cuidavam dos mais novos, assumiam responsabilidades e tinham que ajudar no trabalho doméstico, no comércio ou na roça. Aprendiam a cooperar e a servir.

Observe quanta coisa boa estas crianças aprendiam: cooperação, servir, trabalhar, cuidar, ser feliz com menos, autocontrole, se defender e saber lidar com grupos. Os valores são bons, e com valores bons o resultado tende a ser bom.

LEIA TAMBÉM: O menino que não sabe ser feliz (desejos criando sofrimentos)

Vamos imaginar a vida da criança "moderna" com família pequena. São vários adultos e apenas uma (ou duas) criança, que para se divertir pede/exige a presença adulta. Os grupos de que ela participa são mediados pelo dinheiro e por adultos (escolinha de futebol, balé, etc). Ela circula em espaços protegidos (como shoppings) onde há pouca oportunidade de conviver com pessoas diferentes e pouco treino para resolver problemas sem a mediação de adultos. Como ela circula em espaços protegidos e comprados, a oportunidade de haver cooperação, o servir e o cuidar é muito reduzido. O desejo é estimulado, pois o nível de consumo é alto. São muitos brinquedos, muitas roupas, muitas vontades. Como são um ou dois filhos, no máximo, a família consegue ter um nível muito maior de consumo.  Até na alimentação o desejo ganha proeminência. Antigamente a alimentação era decidida pela dona de casa e consumida por todos. Hoje é comum ir à praça de alimentação onde cada um come o que deseja - normalmente fast food. A televisão passou a ocupar parte da função de diversão que era exercida pelos amigos, irmãos e primos. A criança solitária assiste tv e aprende com os péssimos exemplos que existem lá. Ou ficam isolados em computadores. O individualismo atinge níveis muito altos, o que gera egoísmo. Os brinquedos são descartáveis e abundantes. Não são mais valiosos, podem ser quebrados ou abandonados. Aliás, tudo passa a ser descartável.

Quais valores estão sendo realmente cultivados por estas crianças: individualismo, egoísmo, valorização do desejo, mediação da vida pelo dinheiro, status, super-proteção, isolamento, imaturidade para lidar com grupos e com dificuldades, falta de cooperação, falta do servir, etc. Ou seja, em grande parte das famílias o ambiente para criar os filhos está horrível, pois os valores que circulam NA PRÁTICA são péssimos.

Onde tem valores ruins os resultados tendem a não serem bons. E aí as pessoas ficam gritando que falta limites para estas crianças. Pois eu grito: faltam valores! Faltam experiências de vida que transmitam bons valores.

Valores não se aprende no blá, blá, blá. Valores são transmitidos nas atitudes que as pessoas vivem no dia-a-dia.

A criança criada baseada em desejos e em valores ruins tende a ser mimada. Independente da família ser mais conservadora ou liberal, quando o desejo ganha proeminência o resultado são pessoas com dificuldades em lidar com a frustração, cheias de vontades, dispostas a consumir (e para consumir tem que haver insatisfação com o que se tem), egocêntricas.

LEIA TAMBÉM: Como lidar com uma filha insegura? 

Criança mimada é sempre uma criança a quem faltam a PRÁTICA de bons valores. Na realidade, é uma vida de perdas, e uma vida de perdas nunca é uma vida boa.

Se você estabelecer limites para uma criança egoísta o máximo que você vai conseguir é uma criança com o egoismo reprimido. Dificilmente conseguirá desenvolver o servir, o cuidar, o cooperar e outros bons valores.






O que fazer?

Existem muitas atitudes que podem gerar bons resultados. Em todas elas deve-se buscar a autonomia da criança, maior inserção dela em grupos autorregulados (sem mediação de adultos - como em escolinhas, etc), frustração de desejos, ensino do servir e aumento da exigência.

O que vem abaixo são algumas dicas:

- combine com outras mães para seus filhos brincarem com os delas. Vários deles, um grupo grande, de preferência. (leia aqui)

- fruste seu filho constantemente. Ele não precisa comer a toda hora ou sempre que ele queira. Precisa aprender o autocontrole. Isto inclui ficar um pouco com fome e esperar o momento de se alimentar. (leia aqui)

- seu filho não precisa de brinquedinhos, lembrancinhas, etc. Se você for na padaria, por exemplo, não o acostume que ele vai ganhar algo. Filho pidão torna-se rapidamente filho insatisfeito e ingrato.

- ensine a ele a gratidão. Como? Simples. Comece você cultivando a gratidão. Fale do que é bom e saudável. Pratique os elogios e relembre o que é ou foi agradável. Por exemplo, se foi bem atendido em um lugar relembre com seus filhos este fato. Não deixe o diálogo ficar só no que falta, dificuldades, nãos, etc. (leia aqui)

- seu filho tem que servir e ser servido. Ele deve aprender a importância da cooperação. Ele tem que ajudar em casa sempre. Buscar água, fazer suco, limpar o banheiro, etc. Você deve ensiná-lo que ele tem que tornar sua vida mais fácil, colaborando. (leia aqui)

- o excesso é um crime contra a criança. É uma forma de torná-la fraca e insatisfeita. Tenha uma vida aonde as crianças possam brincar mais com os brinquedo que possuam e ensine-os a satisfação com eles. (leia aqui e aqui)

- aumente a exigência das notas escolares dos seus filhos. Ele tem que se concentrar e render no seu trabalho, que é estudar. Passe para ele a importância de desejar menos e aproveitar mais suas oportunidades. É uma ótima forma de transmitir valores nobres.


Clicando aqui vão abrir dezenas de textos com o tema: educando filhos


Para sua reflexão:


Servir e ajudar ao próximo são ótimas maneiras de controlar o próprio egoísmo.

Ajudar ao próximo é o exercício de uma vida equilibrada. A vida onde não existe o servir é consumida por pequenos vícios cotidianos que desgastam a energia e semeiam insatisfação.


Não servir é se tornar igual aquela criança que ganha tudo o que quer e fica emburrada porque deseja mais e mais. Ou seja, a vida desequilibrada cobra seu preço.

Escolha! A vida é constituída de escolhas e resultados.

Cultive a boa vontade e enfrente novos desafios que te fortalecerão a mente. Cultive o servir a aprenda a viver melhor e a fazer melhor.

Uma boa lição para pais e filhos.



Autor: Regis Mesquita
Contato e Terapia: regismesquita@hotmail.com



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A criança cativa se entregando aos carinhos e cuidados






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15 comentários:

  1. Tenho um netinho de 8 anos e é a única criança na familia. È único de filho de pais com mais idade e,portanto mimado mais pelos avós do que pelos pais.Ele é extrovertido, lider da aula e sempre recebe elogio dos professores por sua maneira de tratar os amiguinhos e educação em tratar os adultos.
    Os pais raramente assistem tv e ele tem uma hora por dia para ver desenhos. Tem o Play Station e só jogos de futebol que ele adora.
    Outros jogos meu filho e minha nora proibem.
    Também neste jogo tem uma hora para jogar. No natal me pediram para dar para ele rede de vollei e basquete, que é para ter opções de outras brincadeiras que não seja só o da TV.
    Ele dorme na minha casa uma vez por semana e quando chega diz que é bom vir para cá,pois o pai dá um duro nele. Aqui eu, com a permissão do pai e da mãe deixo um pouquinho mais na iinternet jogando uns joguinhos leves. Ele é super obediente e quando digo que está na hora de parar ele para.
    Acho que apesar de mimado os pais tem dado boa educaçaõ e encaminhando bem para o futuro.
    Que que você acha? Algo para mudar?
    Obrigado e abraços

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  2. Prezado Régis,

    Você escreveu tudo que eu penso e não sabe o bem que me fez.

    Parabéns e obrigado.

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  3. Olá Regina,

    Concordando com o mérito do texto, valores são fundamentais, assim como afeto, compreensão, apoio, etc. Vou aproveitar a deixa, já que eduquei duas filhas, para esclarecer uma regra, que seguida, resolve a maior parte dos casos.
    Um dos maiores erros da minha geração - entre os 40 e 60 anos - foi recusar toda a educação recebida da família tradicional, de pai provedor e mãe dona-de-casa. Foi uma educação baseada na rigidez disciplinar, valores, autoridade paterna inquestionável, respeito formal, etc. Mas o "defeito" desta educação tradicional estava não nessas prerrogativas e sim na falta de afeto, pais e mães "secos", com "corações de pedra", falta de manifestações amorosas, como ouvi várias vezes principalmente das filhas, hoje mães.

    Essa geração então decidiu que nossos filhos não seriam educados sem amor e sem carinho. Pensaram que amor e afeto bastariam. E jogaram fora a criança junto com a água da banheira (sem trocadilho).

    Pois bem, a regra que adotei é:

    Os filhos devem sempre ficar em segundo lugar para tudo. Os adultos devem viver suas vidas de adulto e as crianças que os acompanhem. Filhos não devem ter qualquer privilégio no sentido de seus desejos e preferências além daqueles que consideramos naturais.

    Os filhos assim educados percebem que:

    1. Todo o poder e privilégio, liberdade e autonomia pertencem aos adultos;

    2. Por sua condição subalterna na hierarquia familiar são induzidos a desejarem crescer e tornar-se adultos, condição na qual conquistariam o mesmo status do pais.

    Uma vez que muitos pais de nossa geração inverteram essa hierarquia, a saber, colocaram seus filhos em primeiro lugar, estes não tem nenhuma razão para desejar crescer e atingir a condição de adultos. Porque, no exemplo que seus próprios pais estão dando, tornar-se adulto é ser rebaixado ao segundo lugar. Se os filhos são privilegiados pelos pais, se seus desejos e caprichos governam as ações paternas, eles já atingiram o lugar que deveriam alcançar apenas quando fossem adultos capazes de cuidar de si mesmos. Não desejarão nunca alcançar essa condição de adulto porque qualquer passo dado nessa direção é uma ameaça ao seu status, uma queda do topo da família.
    Se você me permite a ousadia de dar algum conselho, ensine essa regra aos seus pacientes e teste sua eficácia.
    Abraços

    Marroni

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  4. Merise, que bom te ler. Uma família pequena permite dar mais atenção a aos filhos. Este é o lado bom. Outra coisa boa é ser igual, igual no sentido de que todos tem valor. A relação igualitária pressupõem que todos possam se acompanhar, se ajudar, colaborar, trabalhar, fazer, se escutar, etc.
    Por exemplo, quantas você se deu ao direito de pedir algo para ele? Isto mesmo! Meu netinho estou com preguiça, pega água para mim, enquanto eu fico aqui assistindo tv?
    Isto se chama colaboração, aprender a servir, etc.
    Não sei se consegui me expressar bem. Mas, é por aí.

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  5. Osvaldo Antonio, legal sua mensagem. Me anima amanter este blog. Quero ser útil.
    Eu aprendo muito escrevendo. Venha aqui sempre.

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  6. Marroni, eu sou Regis, homem.
    Obrigado pela dica. Acho que a questão não é hierárquica, mas de separação de papéis. Os pais possuem algumas experiências que os filhos ainda não adquiriram. Portanto, algumas vezes é importante ser ditatorial, com carinho e explicando as razões da decisão.
    Um bom tema para você refletir é sobre a infantilização de um grande parcela dos pais. Um tema que pretendo tocar aqui algum dia.
    Leia também a resposta que dei para Marise.
    Abraço e venha sempre. Gostei da sua experiência.

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  7. Regis entendi tua resposta.Não nunca pedi um copo dágua para vficar vendo Tv. Primeiro porque quase não vejo TV. Assisto só o jornal da Band. Noticias eu vejo pela internet nos blogs "sujos". É bem mais interessante e aprendo mais.
    O que eu peço para meu netinho é quando vamos dormir(ele dorme comigo no dia em que vem aqui) para ele fazer carinho em mim. Ele adora fazer isso e enquanto leio histórinha ele fica me acarinhando. Depois tem meia hora de conversas.
    E tambem cobro dele que arrume todos os brinquedos antes de ir deitar. Ele faz isso na casa dele e aqui também.Já deves ter notado que este netinho é meu xodó. Os outros,um já está casado e a menina quase. E moram longe.
    Ele combinou com o pai, quando este exigiu dele certas obrigações, que aqui na vó era mordomia.rsrsrsrs E vó é para isso. Na casa da vó é tudo mais ligth. Ele aprendeu com os pais a respeitar os mais velhos e então ele cuida de mim como se fosse ele o adulto. E com o vô é a mesma coisa.Meu neto que casou era assim, também
    Abraços

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  8. Marroni eu sou ga geração de 30. Tenho 75 anos. Meu marido foi o "provedor e eu a dona de casa.
    Na nossa casa não existiu hierarquia. Meu marido trabalhava fora e eu em casa,Portanto não havia diferença. E ele fazia também o trabalho que lhe cabia em casa.Educamos os filhos juntos com muito amor e carinho.Aqui todos eram iguais, nos trabalhos, nas obrigações. Ninguém era maior ou menor que o outro. Não sei se era a maneira certa, mas deu certo. Tenho tres filhos homens e todos educam seus filhos da mesma maneira, sem hierarquia e com muito carinho e amor, educando-os para serem homens e mulheres iguais,sem preconceitos de raça, sexo, ccr,etc... Eles continuaram minha luta de uma vida toda contra o machismo,homofobia,enfim uma vida sem preconceitos.Sempre achei que a melhor maneira de criar filhos é ensinar-lhes o respeito pelos mais velhos,pelas mulheres, pelas autoridades, enfim por todos que escolheram outra forma de amor e de viver.
    Valeu,pis hoje eles ensinam a seus filhos o mesmo respeito
    Abraços

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  9. Olá, Regis:
    Fui professora e tudo o que diz respeito a todas as formas de educação me interessa.
    Achei seu texto fundamental e a colaboração do Marroni muito interessante.
    A propósito, só um modestíssimo adendo à questão dos limites sem valores: creio que eles favorecem a formação de covardes e dissimulados, que terão como padrão de certo/errado o que pode gerar repressão/recompensa e não o que é justo/injusto ou o que é direito/dever(não sei se estou misturando conceitos, sou leiga...).
    Enfim, parabéns pelo texto. Espero que seja lido por muita gente.

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  10. Professora, você deve ter visto isto na sala de aula em centenas de crianças. Os limites sem valores é repressão sem sentido, o que gera hipócritas e dissimulados que agem atrás de recompensas imediatas, ligados ao orgulho e à vaidade.
    A dificuldade em lidar com o dever é tão grande que vemos legiões de adultecentes: adultos com desejo de continuarem a ser adolescentes. Beijos, venha sempre visitar o blog.

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  11. Regis, meu enteado mora com sua mãe que faz todas as suas vontades. ele tem 3 anos e quando está com meu esposo, seu pai, percebo que o pequeno quer que seja satisfeita todas as suas vontades na hora que quer. meu esposo satisfaz algumas (as que lhe são mais conviniente) e outras não.
    Percebo tambem que o menino demanda muuuuuita atenção do meu marido, que por sua vez parece que se sente na obrigaçaõ de satisfaze-lo nessa necessidade.
    me preocupa essa situação.

    A separação ocorreu quando a criança tinha pouco menos de 1 ano.

    Concordo plenamente com o qe vc diz em seu texto. No entanto, infelizmente a mãe do menino não há de concordar em mudar de atitude. Ela dá tudo que ele quer, na hora que ele quer. Inclusive tirou-o da escola a pedido da criança.

    Meu esposo quer que ele venha morar conosco esse ano (2013). Como trabalhamos, a criança teria que ficar numa creche em tempo integral. Fiquei de pensar no assunto, pois acho que uma criança com esse perfil, essa educação vai ser um separador entre nós. A não ser que meu esposo se comprometa em mudar essa educação tão tortuosa.

    Vim de uma família que não tinha muitos recursos, assim como o meu marido. Minha mãe sempre teve pulso forte comigo. e hoje vejo como ela me fez bem. ela sempre dizia que criança não tem querer. que era ela que sabia o que era melhor para mim.

    A criança é egoísta, indivudualista e extremamente ciumenta com seu pai e seus brinquedos. Tudo o que eu abomino.

    O que fazer diante de uma situação como essa? Me vejo num beco sem saída... Se ele continuar a viver com sua mãe pode potencializar esse perfil. Porém se vier morar conosco coloco em risco meu casamento. E quando tivermos nossos filhos entã, nossa, ele vai pirar de ciúmes.

    Por favor me ajude a pensar o que fazer.
    desde grata.

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  12. Infelizmente fui uma dessas crianças, filha unica e totalmente mimada, na época achava bom, hoje vejo as consequências e a dificuldade de mudar. O mundo é muito diferente da nossa casa para fora.

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  13. Permita-me chamar de querido1
    Fiquei feliz em encontrar seus textos!
    Um grande abraço!
    Rai Bez

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  14. Trabalhei muito tempo em escolas e tive alunos diversos, do introvertido ao extrovertido, daquele que tinha tudo e também daquele que não tinha nenhum feijão no prato pra comer. A diferença é clara ,daquela criança que sabe que pode "dominar" os pais e daquela que sabe seus limites. Gostei do artigo e já estou seguindo o blog. Conheço pais que para suprir a sua ausência pergunta ao filho o que ele quer ganhar quando este voltar do trabalho, e aí pergunto onde está o erro: No responsável que quer suprir essa necessidade ou na criança que é induzida a pedir algo por ele?

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