sexta-feira, 1 de abril de 2011

Seu filho com um futuro acima da média. Criatividade e inovação são as chaves do sucesso nesta época de overdose de informações





Tropeçar e cair não significa necessariamente estar no caminho errado.





Por Regis Mesquita

Um pai me escreve com o seguinte questionamento: "o mundo está cada dia mais competitivo, por isto concordo com você que temos que exigir o máximo dos nossos filhos. ... quero que meus filhos cheguem à vida adulta sabendo pelo menos três outros idiomas...." (Ele se refere a este texto)


Respondo:

Querido pai, quem dera todos os pais fossem como você: exigentes com seus filhos. Isto é uma ótima qualidade, desde que você não transforme a educação exigente num jogo de punição e recompensas. Neste caso estará transformando seus filhos em "formiguinhas" ou "miquinhos amestrados".


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Todavia, em seu raciocínio existe um erro básico. Numa sociedade com fácil acesso à informação, ela (a informação) deixa de ser o elemento mais importante. O que está em jogo não é o acúmulo de informações. O importante é: o que fazemos com ela. Duas das mais importantes habilidades a serem conquistadas no trato da informação são: capacidade de produzir sínteses e a capacidade de ser criativo.

Neste texto vou falar sobre a criatividade. Vou aproveitar um exemplo que tirei do fantástico livro "O Essencial de Jesus" (Editora Jardim dos Livros)






 


A criatividade exige o trabalho e retrabalho do mesmo material, produzindo diversidades que irão facilitar ou dificultar o entendimento do texto ou da vida. Porque isto é tão importante?

Porque a mente que acostuma a produzir variações dos mesmos elementos se torna mais capacitada para criar novas soluções, desenvolver sensibilidade e intuição, harmonizar contradições e desavenças, agregar bom humor, beleza e satisfação ao pensamento, tolerar frustração, etc.


Portanto, não é o acúmulo de informação o diferencial. Uma criança não precisa saber 4 idiomas (português e mais três) para ser competitivo. Basta saber dois, muitíssimo bem. Se precisar de outro idioma, ele irá aprender quando adulto (adultos não devem parar de aprender e estudar).

O diferencial é o que ele fará com este idioma. Neste fazer ele agregará múltiplas qualidades, aprofundará no conhecimento do idioma e terá a oportunidade de praticar a criatividade. O objetivo é ser eficiente e capaz de colocar em prática o que aprende (veja este exemplo).

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Vejamos um exemplo simples: o menino está se desenvolvendo no inglês e para isto lê um livro de ficção científica. Ele, então, conversa com seus amigos, e resolve transformar o livro numa brincadeira em inglês (o que é um exercício de criatividade). Além de treinar o inglês, ele estará desenvolvendo sua autonomia, capacidade de planejamento, produção de texto (oral ou escrito), capacidade de improvisação, capacidade de dar resposta rápida a algum desafio, capacidade de negociar com um grupo, etc. São tantas as possibilidades de desenvolvimento pessoal contida nesta simples brincadeira que daria para fazer um livro.


Para fazer este tipo de brincadeira a criança precisa de duas coisas: tempo livre eoutras crianças para brincar. Aliás, o adolescente e o adulto também precisam das mesmas coisas.

Responda: de que adianta o adolescente/adulto/criança ter acumulado informações e ter grande dificuldade em usá-las eficientemente?

Desenvolver a criatividade é o foco para desenvolver grande parte das habilidades que a vida requer.


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Observe o que o autor do livro faz: ele brinca com as palavras, ele se expõem (o que evidencia treinamento e autoaceitação), ele desenvolve um pensamento lógico, produz conhecimento, é ativo, tem autonomia, é capaz de refletir, etc. Ele produz, ele é capaz de ter ação a partir da informação. 

Seu filho também ter esta satisfação: fazer, refazer, tentar, solucionar problemas. Ser cada vez melhor preparado pela ação, o que gera prazer profundo, segurança e RESILIÊNCIA.

É uma vida bem MELHOR do que simplesmente acumular informações.

Dica para adultos: a ação e a produção é a melhor forma de criar força interior e fugir do tédio, depressão e ansiedade. Crie metas ambiciosas, se exija. (leia mais aqui)


Autor: Regis Mesquita
Contato e Terapia: regismesquita@hotmail.com


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Sempre faço o que não consigo para aprender o que não sei. Pablo Picasso



Para refletir:

"O seu valor não está nos livros que leu, nos cursos que fez ou nos discursos que proferiu. O seu valor não é proporcional aos títulos e nem determinado por diplomas ou cargos.

O que vale é a ação. Ou seja, seu valor é proporcional àquilo que realizou com todo o conhecimento que acumulou.

Seu valor está diretamente relacionado ao que produziu de bom a partir de todas as oportunidades que teve na vida.

Pare de procurar desculpas. Parta agora mesmo para a ação. É para isto que estais encarnado".

Pensamento baseado nos ensinamentos do livro A Espiritualidade no Dia a Dia 









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Um comentário:

  1. Concordo plenamente, Regis. Saber usar a informação, ter criatividade. Com certeza!! Disse tudo!!

    Abraços,

    Kelly.

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