segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Rancor no casamento e no namoro - terapia de casal



Quando você para de seguir seus pensamentos ruins você dá a chance para que bons pensamentos ganhem força e sua energia mude.





"Não conheço rancor pior que o matrimonial. A cara das pessoas nessas situações fica de uma feiúra moral que assusta".
J A Gaiarsa


João tinha depressão. Maria não gostava que ele fosse assim. Eles se casaram.
O casamento esfriou e entrou em crise. As constantes desistências de João frustravam Maria.

Por exemplo, combinavam ir ao cinema e João desistia. Maria ficava raivosa e decepcionada.
A mágoa vinha junto, pois ela se sentia pouco amada.

O silêncio de João só aumentava a sensação de ser “deixada de lado”.
Não havia sintonia, por isto procuraram o psicólogo.
A esposa sentia raiva, sentia mágoa, e isto gerava o rancor.
Tornou-se irritadiça e “menos romântica”.
Distância... ficou distante do marido, afetivamente e corporalmente.
Era assim que sofria menos.

Não queria mais sonhar, para não se frustrar.
Não queria mais desejar, para não se sentir sozinha.
Não queria mais ser a boba.


Ela estava virando uma insensível; estava indo para o reino do “tanto faz”.
Todas as coisas boas estavam morrendo.
Mas, o rancor continuava lá, firme.


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Ela já estava tão acostumada que nem prestava atenção no sentimento que dominava sua vida.
E a distância que ela criou dava um ar de vingança contra o marido.
Ele não me dá, eu não dou – estamos empatados.
Miséria de vida! Sem o positivo, lotado do negativo.

Ela fez suas escolhas pensando em se defender.
Acabou matando o positivo e incentivando o negativo.


Ele, o João, também queria se defender.
“A vida é assim, fazer o que”? Dizia ele.
“Fazer o que”? Repetia.

A terapia tinha que ajudar.
Primeiramente perceber o resultado: quando PRIORIZO me defender bloqueando o que é nobre, permito que o negativo domine.

O resultado é ruim.
O que é nobre movimenta a vida; o que é negativo empobrece, paralisa ou desvitaliza.
É o caminho para perpetuar o rancor – raiva e mágoa curtida a cada minuto.


O rancor nos lembra da vida que não temos e que poderíamos ter.
O rancor é uma peça que pregamos contra nós mesmos, pois tão logo nos lembra do que não temos, iniciamos o autoboicote para ter certeza de que nunca teremos.
O rancor nos machuca, pois não é fácil ficar se boicotando e delirar que está se protegendo.

Maria queria tudo diferente, queria dar uma última chance ao marido.
Somos cheios de últimas chances...
99% das vezes o rancor mantém o casamento de pé, paralisado, pobre e mesquinho. Mantém agonizante, mas mantém.

Lembre: sentimentos, assim como seres vivos, lutam para sobreviverem.
O amor faz tudo para se perpetuar, a infelicidade procura motivos para se manter, o ódio tenta ser sempre mais forte, etc.

O rancor também vai lutar para se manter dominante – paralisando tudo e se nutrindo da insatisfação.
O rancor luta bravamente para ser o sentimento dominante e não abandonará sua luta.
Ao primeiro sinal de vida boa, ele ativa a angústia, o medo, a insegurança, a dúvida, a descrença, o egoísmo e, principalmente, a raiva e a mágoa.

É um arsenal de negativismo. Todos eles fortes, nutridos no dia-a-dia da vida pobre e supostamente protegida.

É uma luta desigual. Bons sentimentos esqueléticos lutando contra a gangue dos grandalhões da vida protegida e negativa.

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A vida protegida é assim: sentimentos nobres são desprezados e os negativos cultivados, tudo em meio a um caldo de ilusões e delírios.
Na terapia, aprenderam a experimentar a vida desprotegida (viver desprotegido é a função da vida conjugal). (1)

“Sirva a quem te machuca.
Toda vez que você se sentir humilhado, será um convite para ser mais forte e mais gentil.
O que o outro apontar que você não sabe fazer provavelmente (mas, nem sempre) é o que você tem que aprender.
Quando você quiser se afastar, faça a escolha de se aproximar. Chore, mas não fique distante”.
Desde que você não esteja casado com uma psicopata, a regra acima vale ouro.

Na terapia Maria e João superaram traumas pessoais; o que foi de grande ajuda para o renascer da vida afetiva plena.
Se você não tiver a oportunidade da terapia, tome uma decisão: “esta minha vida é difícil e pouco satisfatória. Seguirei para uma vida desprotegida, onde servirei a mim mesma e à minha família com tudo de nobre que restou em mim”.

O rancor vai contra atacar com mais sentimentos negativos e mais ilusões.
Você vencerá (dentro ou fora do casamento) somente se permitir perder, se for boba, se aceitar não ser recompensada e nem reconhecida nas primeiras batalhas da sua mudança pessoal.

Parece difícil, mas é mais lógico cultivar o exército dos bons sentimentos do que a gangue da negatividade.



Rancor no casamento e no namoro - terapia de casal


Os resultados são melhores. 
Mas, é a paciência, o tempo, a disciplina e a perseverança que vão consolidar esta vitória.

Não há como uma pessoa com boa vibração e disciplinada para oferecer o que é nobre, não conseguir transformar sua vida pessoal.

Estas habilidades colocam a vida em movimento, geram o novo e o amadurecimento.
Você irá mudar. Terá mais força para negociar uma vida boa com seu parceiro. Todavia, lembre: é você quem está fazendo o esforço de mudança. A mudança é sua; talvez seja o estímulo para ele mudar também.



(1) A grande função da desproteção é se fortalecer. O foco é você desenvolver habilidades e capacidades. Ou seja, troca-se a estratégia negativa por uma estratégia que permite o crescimento pessoal. Este crescimento pessoal aumenta a probabilidade da pessoa ser feliz, dentro ou fora do casamento.

Quanto mais forte, capaz e equilibrado você for, menos proteção precisará.


Autor: Regis Mesquita
Contato e Terapia: regismesquita@hotmail.com


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Alguns deles versam sobre o amor, casamento e relacionamentos



Pedido de desculpas e separação do casal



Para refletir:

 “Todos têm que evoluir, vou assumir a responsabilidade pela minha vida e minha felicidade”.
“Se eu evoluir em áreas nas quais nunca evoluí serei mais completa e, portanto, mais capaz de gerar minha felicidade”.

“A evolução exige aprendizado. Aprendizado exige movimento, experimentação e descoberta. É por isto que amar é um verbo”.





Quem faz da vida um rascunho, nem sempre tem tempo de passá-la a limpo

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5 comentários:

  1. Que isso!!
    Esse site é D+!
    Parabéns para aqueles que o mantém!

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  2. e pensar q estou no reino do tanto faz.
    é..
    tenho que reaver meu modo de pensar

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  3. Obrigada por partilhar com o mundo o fruto do seu estudo, este texto mudou a minha hoje...

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  4. Amei...vou colocar em prática. Que Deus me ajude.

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